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3.5.11

PROJETOS de EaD

A escolha do LMS para Projetos de EaD


Autor: André Akagi

Uma das decisões mais importantes quando pensamos em iniciar um projeto de educação a distância passa pela escolha do LMS (Learning Management System ou Sistema de Gerenciamento do Aprendizado), que pode ser um fator decisivo na implantação e sustentação do projeto que envolverá gerenciamento administrativo, custos financeiros e recursos humanos.

A definição de LMS surgiu para dar nome a um conjunto de ferramentas que integram um sistema que é responsável pela gestão de cursos e treinamentos à distância, com o objetivo de simplificar a administração em uma organização. Esses sistemas poderão integrar-se a outros de gestão já existentes, oferecendo serviços de troca de informações na tendência de SOA, quando necessário.

O sistema deve ser capaz de personalizar perfis de administração, para facilitar o acesso, de acordo com o mapeamento de competências dos stakeholders envolvidos, como: administradores de cursos, designers instrucionais, tutores, suporte técnico e alunos.

Algumas questões devem ser levadas em consideração antes de adotar uma solução, seja ela, proprietária ou software livre. A empresa ou instituição pode optar pelo desenvolvimento próprio do LMS, para uma maior autonomia de customizações de regras de negócio que se adaptem à sua realidade. Nesse caso, a análise do ROI irá considerar o número de usuários do sistema e fornecerá dados definitivos para a decisão de iniciar o desenvolvimento do zero. Uma necessidade imediata pode tornar inviável essa opção.

Os pontos comentados a seguir são os mais comuns em meio a variáveis relacionadas ao projeto, que irão ajudar na escolha do LMS para nosso projeto de EaD:

Know-how

Algumas empresas fornecedoras de soluções em e-learning, além de oferecerem seu produto para contratação, oferecem know-how para implantação do projeto. Isso aumenta a chance de aceitação, pois ferramentas que são utilizadas em larga escala já são bem avaliadas e tendem a serem moldadas com o tempo. O outsourcing de contact center, logística e suporte técnico canaliza o tempo e investimento em produção de conteúdo.

Dimensionamento e abrangência

O número de usuários envolvidos e a previsão de crescimento envolverão escalabilidade, desde a infra-estrutura de servidores de hospedagem e banco de dados como o desempenho do LMS em questão.

Recursos e ferramentas

Os diversos LMSs existentes dispõem de uma série de recursos em comum, com algumas variações para os comerciais. Abaixo temos uma lista de referências de recursos mais comuns e desejáveis em um LMS, que devem ser selecionados de acordo com as necessidades do projeto, sem desperdício.

• Agenda do Curso
• Audioconferência
• Avaliações
• Bibliografia
• Biblioteca de Informações
• Bookmarks
• Calendário
• Bate-papo
• Diário para anotações
• Caixa de mensagens
• Relatórios
• FAQ
• Fórum
• Glossário
• Grupos
• Ajuda do sistema
• Perfil de alunos
• Quadro de Avisos
• Enquetes para pesquisas de opinião
• Registro de presença
• Repositório de arquivos
• Sistema de busca
• Tutorial de utilização
• Videoconferência
• Quadro branco compartilhado

Infra-estrutura e Otimização

A existência ou não de uma equipe própria de TI também se constitui um fator, já que é ela que fornece suporte técnico e será essencial para a instalação, configuração e manutenção do ambiente para LMSs de código aberto. Para isso, a equipe deve ser capacitada para gerir mudanças no sistema e ambientadas com linguagem na qual o LMS foi desenvolvido. É dispensável em LMSs comerciais que são utilizados no modelo ASP (Aplication Server Provider), em que a infra-estrutura e manutenção do sistema são de responsabilidade do contratado. Alterações que atendem às necessidades específicas só podem ser feitas agilmente em LMS de código aberto ou por meio de sugestões para as empresas fornecedoras ou customizações individuais.

Interoperabilidade

Aqui destacamos a utilização de padrões abertos para a portabilidade e migração dos objetos de aprendizagem independentemente da plataforma adotada. Desse modo, um curso pode ser transportado entre ambientes de e-learning de diferentes instituições, sem criar dependência de sistemas. Portanto, é indispensável que o LMS seja compatível com SCORM, padrão mais adotado atualmente.

Ferramentas CMS e LCMS

No livro “Second Life e Web 2.0 na Educação” (Ed. Novatec, 2007), Carlos Valente e João Mattar citam inúmeras variações para a denominação de LMS: Course Management System (CMS), Learning Content Management System (LCMS), Managed Learning Environment (MLE), Learning Support System (LSS), Learning Platform (LP), LIMPS (Learning Information Management System) ou mesmo em português, AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem).

Essas variações podem ser oferecidas separadas como partes de um LMS. As mais importantes são o CMS para a administração e gerenciamento do desempenho dos alunos no curso e o LCMS, utilizada para criar, aprovar, publicar e gerenciar conteúdos instrucionais, que tornarão os objetos de aprendizado (partes de cursos) reutilizáveis agrupados em repositórios. São estes os softwares que irão efetivamente construir os cursos utilizando elementos gráficos e multimídia, customizando cores, formas e recursos que diferenciem um curso de outro e devem dar liberdade ao designer instrucional para caracterizar o curso de acordo com seu público. As ferramentas de autoria não precisam necessariamente pertencer à mesma empresa ou comunidade que desenvolveu o LMS, já que elas devem exportar os cursos em um padrão comum, como o SCORM.

Custo

Nesse quesito os LMSs de código aberto levam grande vantagem, já que são disponibilizados de graça para download e adaptação. A maioria é mantida por uma comunidade de desenvolvedores voluntários e podem ter tradução para diversas línguas. O Moodle, ambiente mais adotado, oferece no seu website oficial, vários plugins (funcionalidades separadas) e temas (interfaces) para download. O custo de equipe para manutenção ainda é alto em vista dos LMSs comerciais que cobram por aluno no acesso ao sistema e a instituição não precisa se preocupar com hospedagem e manutenção. Um bom contrato entre o fornecedor de TI e o contratante do LMS deve especificar todos os serviços prestados e garantir um nível de serviço (SLA) aceitável para que o projeto tenha sucesso.

Links

LMS comerciais:

Angel Learning (www.angellearning.com), Apex Learning (www.apexlearning.com), Blackboard (www.blackboard.com), Desire2Learn (www.desire2learn.com), eCollege (www.ecollege.com), Ensinarnet (www.ensinarnet.com.br), Inquisiq EX (www.icslearninggroup.com), IntraLearn (www.intralearn.com), LearningServer .NET (www.quickmind.com.br), MPLS2 (www.micropower.com.br), Portal Educação (www.portaleducacao.com.br), Saba Learning Suite (www.saba.com), SAP Enterprise Learning (www.sap.com), SumTotal (www.sumtotalsystems.com), WebAula (www.webaula.com.br)

LMS de código aberto:

.LRN (www.dotlrn.org), Atutor (www.atutor.ca), AulaNet (www.eduweb.com.br), Bodington (http://bodington.org), Claroline (www.claroline.net), Dokeos (www.dokeos.com), Fle3 (http://fle3.uiah.fi), ILIAS (www.ilias.de), KEWL.nextgen (http://kngforge.uwc.ac.za), LON-CAPA (www.lon-capa.org), Moodle (www.moodle.org), OLAT (www.olat.org), Sakai Project (www.sakaiproject.org), TelEduc (teleduc.nied.unicamp.br), VClass (www.vclass.net)

http://www.artigonal.com/educacao-online-artigos/a-escolha-do-lms-para-projetos-de-ead-332360.html


Perfil do Autor

André Akagi
é graduado em Ciência da Computação pela UFMS, é Diretor de TI do Portal Educação, gerencia projetos em e-Learning e coordena o desenvolvimento do LMS próprio e Ambientes Virtuais de Aprendizagem nos sites associados do sistema integrado de ensino. Articulista dos portais iMasters, Linha de Código, College e do blog corporativo do Portal Educação.

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